quarta-feira, agosto 27, 2008

Músicas do Dia

Ainda sob os efeitos do talk-show dele que assisti na segunda-feira, tenho cantado muito isso desde então. Acho que redescobri o Fagner, tô pensando até em comprar um cd.

Canteiros (Fagner)
Composição: Fagner / sobre poema de Cecília Meireles

Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento

Pode ser até manhã
Cedo, claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria

Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
São as águas de março fechando o verão
É promessa de vida em nosso coração.


Paralelas (Fagner)

Dentro do carro,
sobre o trevo a cem por hora,
oh! meu amor
Só tens agora os carinhos do motor
E no escritório em que eu trabalho e fico rico
Quanto mais eu multiplico
diminui o meu amor
Em cada luz de mercúrio
vejo a luz do seu olhar
Passas praças, viadutos,
nem te lembras de voltar
De voltar, de voltar
No corcovado quem abre os braços sou eu
Copacabana esta semana o mar sou eu
Como é perversa a juventude do meu coração
Que só entende o que é cruel e o que é paixão
E as paralelas dos pneus n'água das ruas
São duas estradas nuas em que foges do que é teu
No apartamento, oitavo andar,
abro a vidraça e grito
Grito quando o carro passa: teu infinito sou eu
Sou eu,
sou eu.

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